"... porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Para estes somos cheiro de morte; para aqueles fragrância de vida. Mas, quem está capacitado para tanto?” (2 Coríntios 2:15, 16).
Dia 3 de janeiro tive que, no necrotério de um hospital, reconhecer o corpo sem vida de minha mãe!
Não é uma tarefa das mais agradáveis, mas necessária, pois precisamos ter a certeza de que o corpo que será enterrado é, verdadeiramente, o corpo da pessoa que conhecemos em vida.
Quando entrei no local, ainda que este tivesse sido limpo recentemente, pude sentir no ar o cheiro horrível, o cheiro da morte! É um cheiro extremamente desagradável, um cheiro repugnante, um cheiro que, com certeza, ninguém quer sentir!
Enquanto estive ali aguardando que o funcionário da funerária vestisse o corpo inerte da minha mãe, não consegui de maneira alguma afastar os versículos citados acima, da minha cabeça!
E o incrível é que Paulo nos afirma que somos este “cheiro de morte”, este cheiro horrível! Mas não são todos que sentirão esse cheiro ruim, mas apenas aqueles que “estão perecendo”! Por quê? Porque a Palavra de Deus, Jesus Cristo, em nós, condena a vida daquele que não nasceu de novo. O mau não pode tolerar aquilo que é essencialmente bom! Para o mau a presença de Cristo se torna repugnante, desagradável e intolerável!
Felizmente, a boa notícia é que ninguém é obrigado a sentir esse nosso cheiro horrível pelo resto da vida! Jesus Cristo veio para transformar o olfato dos homens, e fazer com que aqueles que sentem em nós o cheiro da morte, possam passar a sentir, em nós, a fragrância de vida!
O cheiro da morte não é problema para Jesus! Lembram-se quando Cristo ressuscitou Lázaro? Alegaram para Jesus que o túmulo não deveria ser aberto, pois Lázaro já “cheirava mal”! O corpo de Lázaro já estava impregnado com o terrível cheiro da morte! Mas o que era morte passou a ser vida! O que era cheiro ruim passou a ser fragrância agradável de uma vida que retornou das trevas!
Quanto a nós, que somos o “bom perfume de Cristo”, resta a questão levantada por Paulo: estamos capacitados para tanto? Estamos preparados para “cheirarmos mal” em meio a uma geração corrupta? O cheiro ruim que aqueles que perecem sentirão em nós é resultado da presença de Cristo em nossas vidas, ou será resultado do nosso próprio “corpo” em estado de decomposição?
Em Cristo, a melhor fragrância, Ricardo Netto.
