quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

SUBMARINOS E CRISTÃOS – PARTE UM



Sou militar da Marinha do Brasil. Servi dez anos embarcado em submarinos.

Submarinos são navios estranhos. Vejamos:

Os navios foram feitos para navegar sobre as águas.

Como pode um objeto tão pesado não afundar? Perguntaria alguém. Segundo Arquimedes (287-212 a.C.) é por que “a massa de líquido deslocada por um objeto, é igual à massa do objeto”. Por isto navios gigantescos podem singrar os mares sem problema algum.

O submarino não foi projetado para navegar sobre as águas, e sim submerso. Quando está navegando na superfície, enfrenta muitas adversidades, pois não foi feito para isto.

Quando o submarino está navegando na superfície, balança tanto (na Marinha usamos o termo “jogar”) que muitos passam mal (“marear”). Almoçar ou jantar é uma dificuldade, pois às vezes os pratos não param sobre a mesa.

Ao mergulhar, isto é, imergir, tudo se acalma. Abaixo da superfície da água o submarino não “joga”, é como se estivéssemos em terra seca.

Mas o que é que tem a ver submarinos com nossa vida espiritual? Bem...

O crente também é assim, tal qual o submarino. Não fomos criador para termos uma vida de relacionamento superficial com Cristo. Quando adotamos este tipo de vida na caminhada cristã, enfrentamos muitas adversidades, começamos a “jogar”, começamos a ser “balançados” de um lado para o outro. Segundo a Bíblia, ficamos tal qual meninos inconstantes.

“Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” (Ef 4.14)

O próprio Cristo não quer que sejamos superficiais, rasos, mas quer se tornar íntimo de nós. Quer ter conosco o tipo de união que implica em aprofundamento. Um tipo de união que requer um “mergulhar”, um “imergir” na comunhão com Ele.

Este tipo de relacionamento que Cristo quer ter conosco e que deve ser a busca incansável de todo Cristão, demanda conhecimento. Ora, conhecimento de Deus só vem através de busca constante, pela oração, pela Palavra e pelo jejum, armas poderosíssimas que nos proporcionam uma só vida com Cristo. Ao ponto de podermos falar como Paulo:

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gl 2.20)

Quando “mergulhamos” em Cristo, tudo se torna diferente, tudo se torna melhor. Até as adversidades da vida são transformadas, por que são encaradas com olhos espirituais, e são enfrentadas com o poder da confiança de quem está nas mãos de Deus.

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” (II Co 3.18)

2 comentários:

  1. Amém!!! Que possamos mesmo mergulhar fundo em nossa comunhão com o Pai!!!

    Querido Irmão,
    Indiquei seu blog para um prêmio, é na verdade o selinho "Olha que Blog Maneiro"! Basta passar no meu blog para pegá-lo tá?!!!


    Que Deus continue lhe usando!!!

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  2. Graça e Paz!!! Gostei do paralelo.... muito bom; e espiritual; sem dúvidas..... é para praticar...é uma verdade.....estar em Cristo de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento... Grande abraço...

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